09 julho 2010

O carteiro, o poeta e eu


Milhares de pessoas, todos os dias, alugam filmes para ver em casa. Preparam algum petisco para comer, se abastecem de alguma bebida, acomodam-se na poltrona, sofá ou cama, escurecem o ambiente e curtem as imagens sonoras em movimento.
Ontem, apesar das semelhanças, tudo foi diferente. Alugamos um filme, estouramos o milho, nos servimos de dois copos de Coca-Cola gelada, nos deitamos no sofá, apagamos a luz, escolhemos o áudio original e legendas em português. Iniciamos a nossa sessão de domingo à tarde.
Até aí foi tudo muito igual ao que acontece em outras casas e com outras platéias. A diferença estava nos meus sentimentos.
Ainda nas primeiras imagens sobrepostas aos nomes dos principais artistas uma imensa alegria invadiu meus sentimentos. Percebi o calor do seu corpo colado ao meu. Captei desejo sussurrado com hálito de hortelã. Ofereceu-me uma pipoca explosiva e com o aconchego nos meus braços percebi que formamos um casal. Nosso filme também começou.
 
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