Em primeiro lugar vou oferecer meus préstimos ao nordeste, particularmente à zona do agreste. Depois que todos os açudes estiverem a ponto de sangrar oferecerei meu amparo à região árida da África. Naquelas bandas muita gente também sofre com as agruras da seca.
Uma vez atendidas as regiões carentes passarei a cobrar meus serviços. Em euros. Portugal, França, Itália e Grécia também sofrem muito com as secas. Dos americanos, lá da Califórnia, também cobrarei em euros. Valem mais que dólar.
Difícil vai ser transportar meu carro para todos estes lugares. Não abro mão. Preciso estar sempre com o meu carro.
Aqui em Brasília já estávamos com clima arrasadoramente seco. A umidade chegou a 14%. Gramados esturricados e lábios rachando. Vocês sabem o que fiz?– Lavei meu carro. O que aconteceu? – Choveu e sujou meu carro de novo. – E daí? Daí que lavei o carro de novo. E choveu de novo. Este método é infalível.
6 comentários:
Hehehe, essa eu já conhecia do Bar. Bacana.
É, amigo Mão Branca, além de deste postei outros anteriormente na Comunidade Bar do Escritor.
Comentários à respeito do texto “Fiz chover” na comunidade Orkut “Bar dos Escritores”
23/08/2006 22:24 Luiz
caramba!! bem que vc podia montar um lava-jato ao lado do palácio do governo pra ver se inunda aquilo tudo ;)
24/08/2006 03:04 †††Me
Bingo!Então é vc que tem visitado São Paulo constantemente!Poxa cara!Qdo for lá ve se volta no mesmo dia, assim a água escoa logo pelo esgôto do Tiete e não provoca aquele caos que a gente acompanha pela TV.
24/08/2006 10:58 Giovani
O texto é uma brincadeira, possivelmente até uma crítica à própria sorte. Tá bem feitinho e surpreende ao final.
Bacana.
Este texto, postado no blog em 17/01/09 foi publicado no Jornal da Comunidade hoje dia 21/11/09
Para o escritor Roberto Klotz, 57, as tempestades podem provocar medo em muita gente, mas, para ele, a chuva significa energia e renovação da vida. “Tudo podemos, se realmente quisermos. Acima de tudo, devemos cultivar a criatividade”, sugere. “Enquanto ouço a água batendo nas vidraças, gosto de cozinhar. Inspeciono a geladeira e checo o armário dos mantimentos. Sempre há algum sabor que atiça o paladar como se fosse um mote para a escrita. Então, pesquiso na internet e busco pratos com os principais ingredientes que tenho disponíveis”, conta.
No início da aventura na cozinha, o escritor confessa que se atrapalhou um pouco. “Mas o atrevimento me possibilitou a inspiração para escrever diversas crônicas com o melhor tempero que existe na vida: o bom humor”, diz.
O escritor, inclusive, é autor do texto Faço chover, no qual descreve uma curiosa e divertida teoria acerca da chuva. Confira.
Ando ausente dos blogs e do Bar do escritor, mas ler essa sua da chuva faz querer estar por perto de novo! hahaha Muito bom!
prezado roberto, sua tese está comprovada. posso testemunhar a favor do que vc diz. comigo também acontece o mesmo: sempre que, depois de um longo e tenebroso tempo com o carro pedindo para ser lavado.... resolvo atender o pedido daquele me possibilita minhas idas e vindas....e num é que chove torrencialmente!!!!! simplesmente, incrível!kkk
abraços literários.
edna freitass
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