11 dezembro 2014
Sequestro relâmpago
Socorro!
Como dói a minha cabeça. Filhos da mãe! Me acertaram de jeito.
Na
sexta à noite, eu voltava do caixa automático com um dinheirinho para o fim de
semana. Depois de dez passos, abria a
porta do meu carro quando um sujeito mal encarado apontou uma faca para mim.
Apesar da minha idade, ainda sabia me defender. Chutei o braço do marginal e a
faca voou longe. Em seguida levei uma pancada na cabeça. Outro bandido estava
atrás de mim. Filhos da mãe!
De
que adianta um carro blindado à prova de balas e de marginais quando se está
fora do carro?
Não
sei para onde me arrastram, nem para onde me levaram. Sei que está tudo escuro
e que a minha cabeça continua a doer. E muito. Não consigo me mexer. O cativeiro
é super apertado. Um cheiro terrível de
flores podres infesta o espaço. Nada ouço. O silêncio é aterrador. O gosto de
sangue está entalado na garganta. Não
consigo gritar. Mexo as mãos e arranho a madeira sobre mim, tudo faz sentido.
Fui
enterrado vivo.
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