Era tarde, por volta das oito horas da noite. Antes de sair tranquei os arquivos e levei um café para a doutora Adelaide Santoro. Ela estava pálida, estranha. Perguntei se ela estava bem. Agitada, estalava os dedos e olhou duas vezes para o enorme relógio da parede. Jamais tive liberdades com a doutora, mesmo assim ainda perguntei se ela queria desabafar comigo. Respondeu-me que não, que eu poderia ir embora e que já havia chamado um táxi para levá-la para casa. Todos nós, do escritório, sabíamos que o doutor Santoro guardava um revólver na gaveta direita da escrivaninha. Tenho certeza que não havia mais ninguém nas salas. Todos já haviam saído. Juro que não fui eu quem matou a Doutora Adelaide Santoro.
16 fevereiro 2009
Assassinato na Avenida Paulista
Exercício proposto pelo Prof. Marco Antunes na oficina literária da Câmara dos Deputados: Conte-nos como, onde e quem matou Adelaide Santoro numa história de suspense que não pode ter mais que dez linhas.
Era tarde, por volta das oito horas da noite. Antes de sair tranquei os arquivos e levei um café para a doutora Adelaide Santoro. Ela estava pálida, estranha. Perguntei se ela estava bem. Agitada, estalava os dedos e olhou duas vezes para o enorme relógio da parede. Jamais tive liberdades com a doutora, mesmo assim ainda perguntei se ela queria desabafar comigo. Respondeu-me que não, que eu poderia ir embora e que já havia chamado um táxi para levá-la para casa. Todos nós, do escritório, sabíamos que o doutor Santoro guardava um revólver na gaveta direita da escrivaninha. Tenho certeza que não havia mais ninguém nas salas. Todos já haviam saído. Juro que não fui eu quem matou a Doutora Adelaide Santoro.
Era tarde, por volta das oito horas da noite. Antes de sair tranquei os arquivos e levei um café para a doutora Adelaide Santoro. Ela estava pálida, estranha. Perguntei se ela estava bem. Agitada, estalava os dedos e olhou duas vezes para o enorme relógio da parede. Jamais tive liberdades com a doutora, mesmo assim ainda perguntei se ela queria desabafar comigo. Respondeu-me que não, que eu poderia ir embora e que já havia chamado um táxi para levá-la para casa. Todos nós, do escritório, sabíamos que o doutor Santoro guardava um revólver na gaveta direita da escrivaninha. Tenho certeza que não havia mais ninguém nas salas. Todos já haviam saído. Juro que não fui eu quem matou a Doutora Adelaide Santoro.
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4 comentários:
Você se habilita?
Adelaide pode ser quem você quiser que seja. Uma vovó teimosa, uma prostituta de luxo, uma dona de casa, uma dentista ilegal em Portugal, uma cartomante ou simplesmente uma louca que cruzou a rua bem à frente do seu carro...
posso tentar. mas não hoje. tõ com preguiça. o mais legal seria esgotar as tais dez linhas, o pára-quedista que abre o pára-quedas no último segundo. ou não. com oito linhas, o texto é ótimo.
Obrigado, CC. Esse negócio de linhas é muito relativo.
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A Adelaide não era aquela pentelinha nerd que sentava na primeira fila na sala de aula? Eu me lembro que você era doido para dar uns cascudos nela...
Se não foi, entao escolha outra Adelaide. A sua vizinha, por exemlo.
Fiz... achei legal! Vê o que acha...
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