18 dezembro 2007

Por favor deixe seu recado...


Estarei ausente por alguns dias. Retorno antes da virada do ano se o avião não cair. No Natal, desejo que o Papai Noel traga bastante sexo para você.
Minha secretária estará de plantão peça para ela anotar seus recados, solicitei que ela organizasse meu escritório na minha ausência.

16 dezembro 2007

Pombos carnívoros

Nestes tempos de Tsunamis, o Correio Braziliense não publicou, acredito que por falta de espaço, a grande desgraça acontecida aqui na nossa casa. A revista Veja, conforme fonte segura, já está com seus repórteres preparando uma grande matéria e procurando a causa da mutação. Columbófilos consultados disseram que já houve antecedentes tanto numa praça de Versalhes, Paris, quanto em Washington, no Capitólio. O motivo da mutação, ainda conforme o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Pombas – ABCP, José Carlos Paloma Filho, é a proximidade com o poder que transforma as delicadas aves em agressivas pombas carnívoras.
Abraços,
Klotz

Brasília Urgente – Hoje de manhã, na Praça dos Três Poderes, pombos carnívoros atacaram turistas. A primeira vítima foi uma menina de 5 anos, MDM, que ao oferecer milho aos símbolos da paz teve o dedo anular devorado pelas aves mutantes. Logo em seguida um turista, Severino Morais Silva de 56 anos, vindo do interior da Paraíba teve uma orelha decepada pelas feras voadoras. A imagem da turista estrangeira foi feita por fotógrafo amador pouco antes de Elisabeth Bourbon, 27 anos, ser devorada pelos 17 pombos.

06 dezembro 2007

A bunda de Darwin

O Brasil é um país maravilhoso por abraçar as diferenças raciais com naturalidade.
Eu estava na fila do cinema quando vi, um pouco à frente, um casal diferente. Ela de traços orientais. Olhos puxados, pele amarelada, cabelos negros escorridos, peitos semelhantes a ovos fritos e ausência de bunda. Ele de traços africanos. Pele cor de ébano, lábios grossos, nariz achatado e bundão.
Achei engraçados os dois traseiros ladeados.
Atiçou-me a curiosidade. A mesma curiosidade que teve Darwin ao desembarcar em Galápagos e observar as diferentes espécies de animais.
Lá, em Galápagos, ele desenvolveu a Teoria da Evolução em que, na luta pela vida, os organismos desenvolvem características que favorecem a sobrevivência da espécie. Assim a girafa alongou o pescoço para alcançar as folhas mais altas das árvores e o camelo dos desertos, para armazenar água, consegue beber até 120 litros de água de uma única vez. Nenhum destes animais estava em Galápagos como o filme que eu veria pouco depois também não se passava naquela ilha.
Aquelas bundas e a teoria da evolução me fizeram refletir que, lá no passado distante, a cópula humana devia ser como a dos outros quadrúpedes, naquela posição em que Napoleão perdeu a guerra.
E se o oriental, é o que dizem, tem um bilau pequeno então a fêmea oriental de geração em geração, teve sua poupança diminuída para que houvesse a fecundação.
Por outro lado, isto é, pelo mesmo lado, o traseiro, as fêmeas africanas, com o passar das gerações tiveram sua poupança aumentada para evitar as espetadas doloridas das enormes – é o que dizem – espadas africanas.
Coitada daquela japonesa namorando o negão.

02 dezembro 2007

Quase pisei!

Nenhuma novidade. Todos os dias caminho. Todos os dias desvio de cocôs caninos. Todos os dias fico estressado. Hoje resolvi não me estressar.
Tenho lido algumas revistas e artigos de auto-ajuda. E li algo parecido com o provérbio que diz: “Se Deus lhe der um limão faça um limonada”. Agora que estréio pisante novo, branquinho, fico mais preocupado ainda em não batizá-lo com cores marrons. Dizem que marrom dá azar. Pura superstição. Mas, voltando ao provérbio e o mal que me aflige nas manhãs caminhantes, imagino que fazer limonada de titica de cachorro não é exatamente a proposta do provérbio. Nos livros de auto-ajuda os exemplos e os resultados sempre são imediatos e de facílima aplicação. Está difícil imaginar-me fazendo limonada tão insólita.
Nem sei se os livros de auto-ajuda estão preparados para ensinar seus dogmas aos caminhantes. Dizem que para estimular a estima e confiança devemos caminhar com o olhar acima da linha do horizonte. Olhar para baixo deprime. Em São Paulo, com aquele monte de edifícios, todos ficarão com torcicolo. E tem mais, se eu olhar para cima enquanto bato pernas, como fazer para desviar das lembranças caninas? Meu estimado tênis vai ficar deprimido e sujo.
Se Deus lhe der um limão faça uma limonada. O que é que isso tem a ver com as fezes caninas? Não foi o Todo Poderoso que as espalhou calçadas afora. Se tivesse sido teria realizado um trabalho perfeito. Não teríamos como escapar. A cada passo estaríamos xingando e blasfemando. O Divino não iria provocar a ira dos homens contra sua Pessoa.
Acredito que o provérbio sugira que devo pegar o cocô, literariamente é claro, e transformá-lo em algo agradável e que, ao invés de provocar aborrecimentos traga alegria.Paro em frente à primeira marca canina e observo a longa calçada. O desenho do cimentado é curioso, lembra um longo jogo de amarelinha. Um pé, depois dois pés, um pé novamente, depois dois pés, seguindo até onde o olhar alcança. Abro um largo sorriso, vou tomar a minha limonada, recolho o pé esquerdo, imitando saci pererê, e salto de amarelinha evitando os quadrados já ocupados.
 
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