25 agosto 2010

Banco chinês devora moedas e machuca fundos


“Os chineses da província de Shangdon terão de pagar para sentar em bancos do Parque de Yantai. Eles vem com uma espécie de pinos pontiagudos que só se retraem quando o usuário coloca moedas em uma caixa instalada debaixo dele.” CB – Você sabia... 23/08/2010


Construa a cena de um domingo numa praça de cidade do interior. O sino chamando para a missa. Um casal de velhinhos, silenciosos, de mãos dadas, sentados no banco, de frente para o coreto. Na sombra de uma jaqueira, um balão de gás, vermelho, amarrado no carrinho empurrado pela mamãe. Uma menininha de vestidinho branco, com a boca lambuzada de sorvete, brincando com uma formiga no chão. Um cachorro deitado na grama com a cabeça entre as patas. Uma abelha escolhendo uma flor. Os vendedores de balão, sorvete e bolas agrupados na esquina da avenida. A cidade deve ter uns 30 mil habitantes. Tudo muito calmo e sereno como as nuvens brancas estacionadas no céu azul.
Pois a história em questão aconteceu na China e não aqui. Lá é tudo muito semelhante. Ou quase. A cidadezinha do interior deve ter uns 30 milhões de moradores, todos com os olhinhos semicerrados e falando uma língua que nós não entendemos. Provavelmente a plaça tenha uma igleja, um coleto e gente em plofusão. – isso é brincadeira de contador de histórias provocando leitores.
A praça de Chan Ti Li fica no topo da cidadezinha de Mo lan Go e está sempre lotada de gente. Precisaram colocar um placar luminoso limitando o número de pessoas.
HÁ VAGAS PARA DOIS ADULTOS E UMA CRIANÇA OU UM GORDO E UMA CRIANÇA.
A situação beirava o caos. Para aumentar a área útil aos cidadãos, o administrador do parque eliminou todos os espaços onde havia grama, substituiu-os por um cimentado verde. Quase todas as árvores foram retiradas. Em compensação plantou postes para que a população pudesse se revezar e praticar passeios noturnos.
Os recursos para a manutenção da praça provinham de máquinas de refrigerante adaptadas para grãos de milho. Por algumas moedas, se recebia um copo para alimentar pombas. Com o passar do tempo as aves sumiram, porque deixou de haver pista suficiente para pousos e decolagens.
Necessitando de caixa, o criativo administrador readaptou os caça-níqueis aos banheiros públicos. Logicamente a queixa dos usuários era esperada. Surpreendeu-se, porém, ao descobrir que a população, por falta de outro lugar para sentar, usava os banheiros para descansar as pernas.
Empreendedor, rapidamente inventou bancos com limitadores de tempo. Da forma descrita no jornal. Mesmo contrariados, os habitantes da Shangdon sentaram-se. A novidade, entretanto, mudou hábitos de tal sorte que o ganancioso administrador despertou para mais uma forma de arrecadar dinheiro fácil: alugava pequenos fones de ouvido que emitiam sinais sonoros 30 segundos antes dos bancos cutucarem as bundas distraídas. Lucrou mais ainda no aluguel dos fones para a garotada que pagava mais e adorava saber, com antecedência, qual velhinho iria pular com pontudas cutucadas.


Texto não publicado no Correio Braziliense. Nem na Folha, no Globo, no Estado ou Zero Hora.
Outra notícia do Correio Braziliense provocou o terceiro conto semanal. Logo logo vários editores receberão os links para avaliar meu início remunerado no quadro dos colunistas. Sei que texto entregue após a hora é o mesmo que texto não escrito por isso sempre estará disponível antes das 18h das quartas-feiras.

18 agosto 2010

Delivery para ladrões de carros


“Com um kit de adulteração a tiracolo, Carlos Alberto Nascimento, 35 anos, fazia serviços de falsificação de veículos em domicílio.” CB – Crime 13/08/2010


– Alô. Eu queria falar com o seu Nascimento.
– Pois não. É o Nascimento ao vivo e em cores.
– Eu encontrei seu número no caderno de classificados e gostaria de saber como funciona o seu serviço.
– Eu esquento carros.
– Isso eu entendi. Mas no que exatamente consiste o seu trabalho?
– Em primeiro lugar eu lixo à máquina os números do motor, câmbio e carroceria. Depois gravo novos números com a minha puncionadora de caracteres alfa numéricos. Em seguida uso um processo químico para remover os números dos vidros do carro antes de aplicar os adesivos com a nova numeração. Também troco as placas dianteira e traseira.
– E os documentos?
– O senhor me interrompeu! Eu estava dizendo que para finalizar, imprimo o novo DUT e certificado já com o carimbo de quitação.
– Qual é o endereço?
– É muito perigoso andar por aí com carro roubado. Vai que a polícia pega. Eu é que vou até aí.
– O senhor faz o serviço de legalização em fusca?
– Meu amigo, trabalho em qualquer tipo de veículo. Fusca é muito fácil, mas não vale o meu tempo. Cobro mais pelo meu serviço do que vale um carro velho como esse. Fusca é para iniciantes. Meu negócio é caro prateado... importado. Me poupe. Tchau, mano!
O telefone volta a tocar.
– Sim, sou eu, Nascimento. Pode falar.
– Descolei dois carrões e preciso entregar urgente. Tu pode vir hoje?
– Tá dificíl. Tô com a agenda cheia. Já são três horas e ainda tenho outro na fila. Ainda bem que é pertinho. Amanhã e quinta não vai dar. Só tenho um horário na sexta à tarde. Onde que é?
– Só sexta? É aqui na Ceilândia.
– Ceilândia! Já te falei, tô fora! Agora só atendo doutor. Só trabalho no Plano Piloto e Lago Sul. Conheço dois delivery na Ceilândia. Quer o número?
Em menos de dois anos de esquentamento de carros frios, Nascimento treinou e uniformizou dois auxiliares para atender a demanda. Em vez de moto atendia com uma van importada. O volume de serviço crescia rapidamente. Nem precisou fazer marketing. A propaganda era na base do boca-a-boca. Trabalho gabaritado, limpo e preciso. Terminava em no máximo 45 minutos. Tudo transcorria às mil maravilhas. Cogitava em abrir filial no Rio de Janeiro e em São Paulo. Contratou um despachante para legalizar a empresa. Estava preocupado com as altas taxas de impostos.
Uma tarde, após muita insistência resolveu atender um cliente novo, doutor Azevedo, muito falante e que parecia ser do ramo. Abriu um espaço na agenda e ainda brincou dizendo que fazia como os médicos: era um encaixe. Só foi porque o cliente garantiu ter um galpão lotado de carrões pouco rodados à espera de um bom profissional.
Apesar da vontade, o delegado não podia prender Nascimento. Além das cadeiras velhas e obsoletas máquinas de escrever, as viaturas da delegacia sequer tinham combustível para se locomover. Foi aí que o delegado Azevedo teve a idéia de chamar Nascimento para uma cilada.








Texto não publicado no Correio Braziliense. Nem na Folha, no Globo, no Estado ou Zero Hora.
Leia o segundo conto semanal originado por notícia publicada no Correio Braziliense. Em prazo curto enviarei os textos para diversos editores para avaliar a data do meu ingresso no quadro dos colunistas. O texto, de 2959 caracteres, no mínimo, e 2997, no máximo, sempre estará disponível antes das 18h das quartas-feiras.

11 agosto 2010

Recenseador perde boné e a coragem

“Grupo de 360 pesquisadores faz censo da vida marinha em todo o planeta e revela parte da riqueza de um mundo ainda misterioso.” CB – Ciência 03/08/2010


José Osmar Clarindo foi o quinto colocado no concurso nacional para agente censitário do IMGE, o Instituto Marinho de Geografia e Estatística. Finalmente chegou o seu primeiro dia como recenseador das águas ensolaradas do Atlântico brasileiro.
Recebe um colete com o logotipo do IMGE estampado no peito, crachá, um computador portátil além, naturalmente, de todo o equipamento para mergulho.
O dia de Jotaô não é um mar de rosas. Começa com problemas de locomoção sem vale-transporte e a descoberta que não há linhas regulares de ônibus para a região para onde foi escalado. Teve que pedir carona a um barco pesqueiro.
Conferiu e confirmou a exata localização com um pequeno GPS. Apertou a campainha da primeira porta que encontrou pela frente. Foi atendido por uma estrela marinha com um monte de bobis no cabelo oxigenado. Esta informou que naquele domicílio morava com o maquiador e seis filhos. Tres dela, um dele e outros dois, menorzinhos, em conjunto com o namorado. Informou que era atriz desde pequena e que fez a primeira ponta num comercial para pasta de dentes. Seu nome era Marynalva Souza Ferreira, mas que no formulário preferia Marylin di Mônaco.
Em seguida entrevistou a quelônia Affonsina Austragésila Clementina Teóphila Junqueira conhecida por Tatá. Negou que o apelido era uma forma carinhosa por ser uma tartaruga. O tataraneto a chamava assim. Na hora de preencher o quadradinho com a idade, duvidou quando ela disse ter 278 anos. Mulheres costumam mentir, reduzindo a idade.
– E a casa?
– Olhe para mim – mostrou um anel de diamantes – e diga se tenho cara de quem tem imóvel cedido ou alugado? É apertado, mas é meu.
– Quantos quartos? Quantos banheiros? A senhora tem televisão, geladeira e aspirador de pó?
Dona Tatá achou tudo muito indiscreto. Quando perguntada se morava sozinha, fingiu atender uma chamada ao telefone, pediu licença e terminou a conversa.
A manhã avançava rápida e ainda precisava preencher seis formulários para atender a meta diária imposta pelo IMGE.
Já começava a decorar as perguntas. Nome, idade, quantos moravam naquele domicílio? A casa tem energia elétrica? O lixo é recolhido, queimado ou jogado no mar? Tem rede de abastecimento de água ou a água vem do poço ou de algum do rio?
O próximo endereço era soturno. Ouviu latidos antes de ler a placa que avisava peixe bravo. Consultava o relógio, 12h25, quando a porta se abriu e um enorme tubarão branco abriu a porta. A fera estava com um garfo na nadadeira direita, uma faca na esquerda e um guardanapo amarrado no pescoço.
Com voz de trovão cumprimentou amistosamente:
– Veio em boa hora, amigo. Vamos entrar! Vou começar meu almoço agora.
Na fuga rápida largou o laptop e o boné caiu da cabeça.
Estas águas ainda guardarão muitos mistérios. Precisou voltar para a superfície, faltou-lhe oxigênio para terminar a pesquisa.


Projeto colunista. Correio Braziliense? Folha? Globo? Estadão? Zero Hora?A partir de hoje escreverei um conto semanal com tema originado em notícia do Correio Braziliense. Quando tiver material suficiente para avaliação os editores de diversos jornais receberão os textos para avaliar a data do meu ingresso remunerado na redação. Com 2959 caracteres, no mínimo, e 2997 no máximo, o texto sempre estará disponível antes das 18h das quartas-feiras.

06 agosto 2010

Cria da Cidade: Brincalhão das palavras


Brasília, quinta-feira, 05 de agosto de 2010

Por Sérgio Maggio
sergiomg.df@dabr.com.br

Foto: Edilson Rodrigues/CB/D.A Press - 5/10/09

O cronista Roberto Klotz quis gravar o Cria da Cidade na Concha Acústica. O motivo: o pôr do sol deslumbrante. Chegamos lá e os portões estavam fechados. O vigilante não tinha ordem para permitir a entrada de estranhos. Já estávamos pensando em outra locação, quando o escritor de gogó afiado convenceu o rapaz da “importância cultural (e pessoal) de utilizar aquele espaço”. Pois bem: como num passe de mágica, os portões se abriram, confirmando a fama de “bom de papo” que cerca o autor de Pepino e farofa, um divertido livro de historietas cotidianas, nascidas na cozinha de sua casa.

— Nada como abrir o coração. Era muito importante para mim estar neste lugar, quero inclusive aproveitar a acústica natural na hora de recitar as minhas crônicas, revela.

E foi exatamente assim. Os bancos vazios da bela Concha Acústica serviram de caminho para ele circular espalhando palavras. O escrito de Roberto Klotz é cheio de humor e de imagens. Olha só como ele se define: “Roberto Klotz é um engenheiro que saltou do topo do prédio recém-construído e estilhaçou-se em parágrafos. Nasceu no século passado. Bem-humorado, crítico, vacinado, analfabeto, irônico, paulistanamente candango”.

Em Brasília, entrosou-se com o meio literário. Fez isso comparecendo a todos os eventos e saraus do DF. Onde tinha escritor reunido, Klotz estava lá. Se a mesa-redonda era sobre literatura, estava presente na plateia. Até que, um dia, trocou de posição. Quando viu, estava no palco a falar de suas crônicas ligeiras, que nasciam com a observação do cotidiano.

— Fui virando um escritor. O engenheiro ficou de lado, lembra.

Já no segundo livro, Quase pisei!, Roberto Klotz configura-se como um brincalhão das palavras. Essa obra nasceu porque um médico o obrigou a andar para que ele perdesse peso. “Durante as caminhadas, encontrei elefante, lâmpada mágica, cão bravo, pegadas de onça, muito cocô e 45 motivos para exercitar o bom humor em Quase pisei!”, espalha em seu irreverente release.

ANOTE AÍ

Roberto Klotz tem um blog (http://robertoklotz.blogspot.com). Lá, é possível adquirir os seus livros a R$ 28 e acompanhar os post.

Assista ao Cria da Cidade com Roberto Klotz, hoje, a partir das 17h, no Correio Notícias, com apresentação de Maria Julia Monteiro.


05 agosto 2010

História para giz no quadro-negro



Foi uma enorme alegria rever o passado na forma dos amigos da escola. No sábado meu coração foi bombardeado por quase cem abraços de saudades!
Em vez de escrever uma crônica lembrando o dia ou histórias da nossa convivência no Porto Seguro, fui mais longe um pouquinho para relembrar que o que nos une não foi apenas o convívio.
Gostaria de anotar a história com um pedaço de giz no quadro negro de uma sala de aula do colégio.


No início do século XX a Europa estava em ebulição com guerras para todos os lados. No início da Primeira Grande Guerra a minha avó, Elly Steinert, uma jovem fazendeira, teve que sair do campo para se apresentar em Berlin para prestar serviços comunitários como enfermeira. Por outro lado, Franz Skaliks, o noivo, um jovem artista plástico, também fazendeiro de Tilsit, teve que se alistar no exército. Vestiu o uniforme e foi para a frente de batalha. Em apenas uma semana foi preso pelos russos e deportado para a Sibéria. Lá, naquele país de língua estranha, o burguês, passou fome e frio. Conseguiu fugir na quinta tentativa, porém o trem, que era o único meio de transporte para sair de lá, era muito vigiado e por isso só conseguiu retornar à Prússia Oriental dois anos depois de terminada a guerra. Casou-se com a noiva esperançosa que ainda o aguardava apesar de nunca terem trocado uma única correspondência no período.
Com a Alemanha derrotada, fragilizada e humilhada, os franceses e belgas a invadiram pelo centro-oeste. Poloneses tomaram um naco do leste. E os russos invadiram o país ao norte justo onde eram as fazendas dos recém-casados.
A guerra, as invasões, o confisco de imóveis e terras, a falta de liberdade, a hiperinflação e o desemprego criaram um clima de ceticismo, incerteza, insegurança e terror na Alemanha.
Por outro lado o Brasil procurava mão-de-obra barata e qualificada para todos os setores do campo e da cidade. Propagandeava boas condições de trabalho, segurança, paz, liberdade e clima ameno, provocando e estimulando ousadias e aventuras ao desconhecido.
Em 1923, com os russos nos calcanhares, o jovem casal fugiu de Tilsit, vizinha a Königsberg, hoje Kalinigrado, para Hamburgo com a intenção de pegar um navio para a América do Sul.
É curioso lembrar que a mãe de um colega da foto de 1958 do Kindergarten (jardim de infância), Hans Jürgen Ludwig, veio da mesma cidade na mesma época.
Na fuga e insegurança, meus avós, por amor, embarcaram deixando o filhinho de dois anos de idade para trás.
No mesmo navio, Antonio Delfino, havia outro alemão, Walther Jank, avô de outra colega da mesma foto. Nem sei se ela, Renata Richter, conhece essa história.
Meus avós maternos quando chegaram a São Paulo ficaram na hospedaria Floresta, no Largo São Francisco que era dos bisavós de John Willis Mc Quade e Roberto Klotz ambos presentes na mesma foto de 58.
Dois anos mais tarde uma outra imigrante, Lyta Scherwitz trouxe o filho de volta da Alemanha, para junto dos pais. Essa mulher era parente de outros colegas da foto do quinto ano primário: Cláudia e Ingeborg Caspari.
Contei essa pequena história apenas para ilustrar que nós, que nos reunimos no sábado, depois de 40 anos de formados, não somos apenas colegas de colégio. Somos muito mais do que isso. Somos uma grande família com passado e origens semelhantes que se entrelaçaram durante décadas. Nós somos descendentes dos imigrantes que vieram até pouco antes da Segunda Guerra por isso temos histórias e origens comuns. Nossos antepassados se uniram para se fortalecer diante do desconhecido.
Nossos pais conheceram, freqüentaram, estudaram, trabalharam ou se divertiram em lugares como o Esporte Clube Germânia, o Deutscher Segel-Club e a Olinda Schule. Respectivamente Clubes Pinheiros, Iate Clube Santo Amaro e Colégio Visconde de Porto Seguro.
Moro em Brasília desde 72, desde então perdi o convívio com parentes e amigos de São Paulo. No período descobri que a distância afasta para sempre pessoas com as quais não temos afinidade ou laços mais fortes. É muito gratificante voltar a São Paulo e sentir no coração que, mesmo depois de tanto tempo, ainda guardamos tantos amigos como uma grande família.



De pé
1 – Horst Hübbe, 2 – , 3 – Carlos Guilherme Soares dos Reis, 4 – Eric, 5 – Theodomiro Pacheco Rosenstock, 6 - , 7 - , 8 - , 9 – Kurt Dreyer, 10 – Holguer Stade, 11 – Luis London, 12 – Heinrich Kiep, 13 – John Willis McQuade, 14 - , 15 – Karin Frei, 16 – Lia Rosa Wenda, 17 – Dana Modercin, 18 – Eduardo Utescher, 19 – Sonia Gehre, 20 – Alex Welther, 21 – Ricardo Schiesser,
Sentados no banco
22 – Ingo Hoffman, 23 – Jorge Gjurekowick, 24 – João José Eder, 25 – Roberto Klotz, 26 – Fernando de Castro Freund, 27 – Walter Scharlitz, 28 – Cláudio Lothar Fatio, 29 – Francisco, 30 – Monica Selma Flues, 31 – Stephanie Pfeifer, 32 - , 33 – Renate Polisaitis, 34 - , 35 – Ruth da Silva Löwenstein, 36 – Irene Müller, 37 - , 38 – Lisa Öerberg, 39 – Maria Luzia Celeste Rodrigues, 40 - , 41 – Lia Pereira da Silva, 42 – Vera Helena Frucci, 43 – Monica Woserow, 44 – Lílian Kunze, 45 – Ricardo, 46 – Henrique
Sentados no chão
47 – Ian Peter Searby, 48 – Marcelo Villares, 49 - , 50 - , 51 – Ricardo Villares
52 – André Cláudio Bürgui, 53 - , 54 – Heidi Hause, 55 - , 56 – Hans Jürgen Ludwig, 57 – Horst Witmaack, 58 – Silvia Ferreira de Oliveira, 59 – Vivian Dreifuss, 60 – Renata Richter, 61 – Vivian Nipper, 62 – Ana Maria Stickel, 63 – Erica Vogt, 64 – Cristina Andrea Eloed, 65 - , 66 – Verena Magalhães Erismann, 67 – Maria Monica Nico, 68 – Vera Lúcia Capello

Professora Nilse à esquerda e Tante Waltraut à direita.
 
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