08 maio 2008

Raio de luz



O despertador alarmou,
o leito me cuspiu,
o café queimou,
a gravata oprimiu,
a neblina embaçou.
Viver fede.

O trânsito congelou.
O carro pediu asilo.
A calçada me recebeu,
no raio de luz tropecei.
Trombetas tocaram.

Soltei nós,
calei gritos,
perfumei carniça,
adocei mares,
cortei a escuridão,
domei tristeza.
Namoro a dama-da-noite.

2 comentários:

Chellot disse...

Quantas coisas fizeste neste Raio de Luz.

Encontrei seu caminho na Casa do Escritor.

Beijos de Sol e de Lua.

Glauber Vieira disse...

Texto de uma singeleza ímpar. O final é excelente!

 
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