15 novembro 2012

O coronel Chabert



De Honoré de Balzac

Em 83 páginas impressas pela Companhia das Letras

Paguei R$ 50 porque vinha embrulhado numa sobrecapa junto com o livro Os enamoramentos.



Honoré de Balzac é um dos grandes nomes da literatura mundial. É um daqueles para os quais os “cult” estufam o peito antes de reverenciar o nome. Li no Wikipédia que ele teria escrito 88 romances, novelas e contos. Até aí nenhuma vantagem. Somando apenas os contos e crônicas dos meus três livros já tenho uns 150. A diferença (ligeiríssima diferença) é que o moço com o nome francês é considerado o fundador do Realismo na literatura moderna. Entre outros vários, escreveu a Comédia humana, um dos cem melhores livros incluído em todas as listas dos melhores da literatura universal. Que é muito mais que os cem melhores da literatura mundial. O cara influenciou gente da grandeza de Proust, Zolá, Dickens, Dostô, Flaubert e até do nosso mestre Machado. Ah sim, os tais 88 romances, novelas e contos estão contidos na Comédia humana que é um verdadeiro estudo de costumes e filosóficos a partir da observação do homem no seu tempo e esse estudo foi eitado pela Globo resultando em 17 volumes.

Eu não li os 17 volumes, nem algum dos outros vários livros publicaos, mas agora já posso estufar o peito, revenciar o nome de Balzac e exlclamar: eu li e gostei.

Eu li apenas um livrinho de 83 páginas que acompanhou a edição de Os enamoramentos de Javier Marías.

Livrinho no tamnho, enorme no conteúdo. Balzac, escreve muito!

Trata do reaparecimento de um coronel que foi dado como morto numa batalha napoleônica. Sua viúva herdou uma grande bolada, casou de novo e não quer mais saber dele. Ele procura um advogado para reaver a sua grana, identidade e lugar na sociedade. O drama esmiúça o caráter de cada um dos personagens com profundidade, elegância e revelações que todos preferiam deixar sepultas no fundo da alma. Sobra para todo mundo. Pois afirma que “em Paris, muitas mulheres vivem com um monstro moral desconhecido ou estão à beira de um abismo; elas criam um calo no lugar da sua dor e conseguem continuar a rir e se divertir.”

Terminei de ler o livro às 5h59. Exatamente um minuto antes de o despertador tocar dizendo que eu precisava levantar.

Mais ou menos na metade da novela assinalei alguns trechos fortes sobre as características da viúva do Coronel Chabert imaginando que seriam peças fundamentais para o desenlace. Quebrei a cara. A história não tem um fechamento espetacular. É muito mais que isso. Mostra, numa espácie de lição de moral, a grandeza interna do coronel.

Passei o dia com sono, mas maravilhado com o livro.

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