02 março 2011

Ganhe um Oscar e viva mais quatro anos

Os atores e as atrizes que levaram para casa a maior honraria do cinema hollywoodiano ganharão também alguns anos a mais de vida. Pelo menos é o que dizem pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá. Depois de analisar dados relacionados à saúde e á mortalidade dos artistas que venceram o prêmio nas categorias ligadas à atuação – melhores ator, atriz e melhores ator e atriz coadjuvantes –, o resultado foi claro: os vitoriosos vivem em média quatro anos a mais do que aqueles que foram apenas indicados para o prêmio. CB – Ciência, 26/02/2011



Quatro amigos passaram a madrugada esparramados no sofá acompanhando a cerimônia de entrega do Oscar. Cinéfilos que eram, discutiam preferências em todas as categorias. Sabiam o nome de todos os filmes e respectivos atores, atrizes, diretores, roteiristas, trilhas sonoras. Se bobeasse, debatiam sobre a cor da cueca do cinegrafista do concorrente a Melhor Efeitos Visuais.

Competiam para mostrar conhecimento:

– Qual foi o único empate feminino? – Em 1969, Catherine Hepburn e Barbra Streisand dividiram o prêmio de melhor atriz.

– Quantos prêmios ganhou o Ponte sobre o rio Kwai? – Seis: Melhor filme, melhor diretor, melhor ator, melhor fotografia, melhor edição, melhor roteiro adaptado e melhor trilha sonora.

– Quantos têm direito a voto na escolha do Oscar? – Precisamente 4.755.

– Nome completo, endereço e CPF de cada um deles?

A boa ironia sobre o próprio grupo causa risada e é brindada com mais um gole de uísque.

No dia seguinte um dos debatedores, José Henrique, acordou tarde. Além da ressaca lembrou de ter estudado um monte de curiosidades à respeito dos filmes, atores e trizes. Que apesar de ter falado bastante, esqueceu-se de dizer que, conforme a pesquisa, os agraciados com o Oscar viviam em média quatro anos a mais do que aqueles que foram apenas indicados. Deu risada e perguntou-se: e daí? Para que serve isso?

Foi para o chuveiro com o uísque e a pergunta martelando na cabeça.

Bom empresário que era, encontrou uma resposta lucrativa.

Em menos de três meses abriu uma loja para vender estatuetas douradas. Idênticas aos originais com exatos 33 cm e 3,85 kg, banhadas em ouro, se erguendo esguias e musculosas sobre um rolo de filme. O preço da confecção era igual ao original: 200 dólares. O preço da venda era de 1.000 dólares.

O resultado da pesquisa sobre o Oscar aparecia emoldurado, atrás do balcão, às vistas de todos os clientes.

Você oferece um Oscar para a pessoa que você mais gosta e, automaticamente, o presenteado vive mais quatro anos. O nome da loja brilhava em neon: Fonte da Juventude.

O sucesso foi tão grande que rapidamente surgiram os concorrentes com milhares de Oscares de plástico barato.

Por fim, a Academia de Hollywood desenvolveu e concedeu-lhe o prêmio de Melhor Idéia para um Filme. Consequência da publicação, em todos os jornais do mundo, que o Sindicato das Funerárias o estava boicotando a ponto do presidente do Sindicato ser flagrado tentando provocar um incêndio no seu comércio.



Mais um conto resultante de notícia publicada no Correio Braziliense da semana. Sempre às quartas-feiras, até as 18 horas com tamanho fixo, como se fosse uma coluna de jornal.

3 comentários:

Giovani Iemini disse...

o oscar é uma ilusão, como grande parte dos interesses da humanidade.
mas tem tanta importância que anônimos se ajuizam no direito de posse até dos poderes da estatueta.
afe.

Anônimo disse...

Onde é a loja do Zé Henrique?
Quero dar 10 estatuetas para o meu noivo.

Anônimo disse...

Oscar é o nome do meu personal trainer.
Quero ele para mim.
Viverei feliz para sempre.

 
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