29 agosto 2012

7 coisas que aprendi por Roberto Klotz


"Em uma iniciativa conjunta* entre os blogs Escriba Encapuzado e Vida de Escritor, T.K. Pereira e Alexandre Lobão convidam escritores para compartilharem suas experiências com os colegas de profissão, destacando sete coisas que aprenderam até hoje.


Não interessa se você é iniciante ou veterano, se escreve poesias, contos, romances ou biografias, envie sua contribuição para esta série de artigos!

A fim de contribuir, eis as 7 coisas que aprendi com a escrita até hoje e que agora compartilho com vocês:"

http://escribaencapuzado.wordpress.com
https://www.facebook.com/escribaencapuzado


Que para produzir é essencial ter um prazo para finalizar a tarefa. – Estipule prazos sempre que for escrever um conto uma crônica ou um romance. Você se lembra de que era capaz de produzir um texto em 50 minutos quando o professor de português exigia uma redação?
Que é necessária uma boa caminhada com os pensamentos no foco do tema, desenvolver a criatividade, imaginar as ações.  Antes de digitar procure premeditar a ideia, o roteiro e a estrutura.  A partir de um tema, uma palavra, um fechamento, um fato estimule a progressão da ideia com coerência, começo meio e fim.
Que a coerência é fundamental. – Mesmo se o texto for surreal precisa manter coesão.  Antes de sair é preciso estar dentro. Um personagem de boa índole não pode virar assassino de uma hora para outro, no mínimo precisa de uma grande motivação.
Que a pesquisa evita que escrevamos bobagens.  – Consulte livros, pergunte e pesquise na Internet. É mais seguro para criar nomes para personagens, descrever cenários que não conhecemos e até é possível resgatar flahes históricos. Quem sabe, você descubra quantas moedas de ouro descansavam na algibeira de Joaquim Silvério dos Reis enquanto outro Joaquim era esgoelado na praça.
Que ao escrevermos contos ou crônicas devemos manter o tom do início ao fim.  – Se a intenção é provocar pavor, piedade, ódio, simpatia... ou seus contrários, a short storie não permite alteração de tom sob pena de prejudicar  o resultado. Por exemplo, se a intenção é escrever um final cômico para um velório, é necessário dar ao leitor alguma dica prévia que o texto não é sério.

Que o leitor não gosta de mulher bonita. Mostre. O leitor prefere que seja descrita: “Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.”

Se você quiser conhecer uma opinião verdadeira sobre seu texto, em vez de perguntar ao amigo se gostou, pergunte do que ele não gostou. Mas ouça e acate (pelo menos no momento) sem se defender, senão jamais ouvirá sinceridade novamente deste leitor.

2 comentários:

Glauber Vieira disse...

As dicas são interessantes. Outra coisa que tenho aprendido é que devemos ler muitas vezes o rascunho, e fatalmente cortaremos muita coisa dele. Como se diz no meio literário, escrever é cortar palavras (aliás, essa frase não é do Drummond, sua autoria é desconhecida).

Klotz disse...

Concordo, Glauber. Também deixo o texto repousando alguns dias e depois retorno com faca, tesoura, gilete.

 
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