"Em uma iniciativa conjunta* entre os blogs Escriba Encapuzado e Vida de Escritor, T.K. Pereira e Alexandre Lobão convidam escritores para compartilharem suas experiências com os colegas de profissão, destacando sete coisas que aprenderam até hoje.
Não interessa se você é iniciante ou veterano, se escreve poesias, contos, romances ou biografias, envie sua contribuição para esta série de artigos!
A fim de contribuir, eis as 7 coisas que aprendi com a escrita até hoje e que agora compartilho com vocês:"
http://escribaencapuzado.wordpress.com
https://www.facebook.com/escribaencapuzado
❶
Que para produzir é essencial ter um prazo para finalizar a tarefa. – Estipule prazos sempre que for escrever um conto uma crônica ou um romance. Você se lembra de que era capaz de produzir um texto em 50 minutos quando o professor de português exigia uma redação?
❷ Que é necessária uma boa caminhada com os pensamentos no foco do tema, desenvolver a criatividade, imaginar as ações. Antes de digitar procure premeditar a ideia, o roteiro e a estrutura. A partir de um tema, uma palavra, um fechamento, um fato estimule a progressão da ideia com coerência, começo meio e fim.
❸ Que a coerência é fundamental. – Mesmo se o texto for surreal precisa manter coesão. Antes de sair é preciso estar dentro. Um personagem de boa índole não pode virar assassino de uma hora para outro, no mínimo precisa de uma grande motivação.
❹ Que a pesquisa evita que escrevamos bobagens. – Consulte livros, pergunte e pesquise na Internet. É mais seguro para criar nomes para personagens, descrever cenários que não conhecemos e até é possível resgatar flahes históricos. Quem sabe, você descubra quantas moedas de ouro descansavam na algibeira de Joaquim Silvério dos Reis enquanto outro Joaquim era esgoelado na praça.
❺ Que ao escrevermos contos ou crônicas devemos manter o tom do início ao fim. – Se a intenção é provocar pavor, piedade, ódio, simpatia... ou seus contrários, a short storie não permite alteração de tom sob pena de prejudicar o resultado. Por exemplo, se a intenção é escrever um final cômico para um velório, é necessário dar ao leitor alguma dica prévia que o texto não é sério.
❻ Que o leitor não gosta de mulher bonita. Mostre. O leitor prefere que seja descrita: “Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.”
❼ Se você quiser conhecer uma opinião verdadeira sobre seu texto, em vez de perguntar ao amigo se gostou, pergunte do que ele não gostou. Mas ouça e acate (pelo menos no momento) sem se defender, senão jamais ouvirá sinceridade novamente deste leitor.
2 comentários:
As dicas são interessantes. Outra coisa que tenho aprendido é que devemos ler muitas vezes o rascunho, e fatalmente cortaremos muita coisa dele. Como se diz no meio literário, escrever é cortar palavras (aliás, essa frase não é do Drummond, sua autoria é desconhecida).
Concordo, Glauber. Também deixo o texto repousando alguns dias e depois retorno com faca, tesoura, gilete.
Postar um comentário